A professora Mirella Maria  trabalha no Atendimento Educacional Especializado na EMEF Enzo Antonio Silvestrin, pertencente à Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, acompanhando crianças e jovens do ensino fundamental com diversas deficiências. Frente ao cenário de pandemia, ela mostra como a criatividade pode ajudar a encontrar caminhos possíveis para acessar os estudantes com mais dificuldades de contato. Resgatando uma ferramenta nada virtual, Mirella pôde contatar e retomar o vínculo com os estudantes e suas famílias: cartas, mais que especiais! Acompanhe o relato da professora para conhecer um pouco mais sobre essa proposta tocante e inspiradora.

“No ano de 2020, as possibilidades de desenvolvimento de um trabalho inclusivo foram colocadas em xeque. Nesse sentido, eu, enquanto professora e artista, me preocupei com a comunicação e interação com as crianças que atendo na EMEF Enzo Antonio Silvestrin. Juntamente com o apoio das famílias, sugeri um diálogo por cartas, cada qual respeitando a diversidade de cada criança . Foram cartas  sensoriais, cartas com fotografia , cartas com mensagens escritas  e desenhadas. Foram maneiras de me aproximar das crianças e (re)criar formas de comunicação e interações com as mesmas . O retorno foi positivo, na medida em que elas me trouxeram, da forma delas, quais foram as sensações que as cartas haviam transmitido . Sendo assim, acredito que pedagogicamente temos como possibilidade ampliar nossas práticas, permitindo outros olhares para nós educadores, para as famílias e para as crianças”.

(imagem referente à carta sensorial enviada pela professora para um estudante)

(imagem de carta de um dos estudantes em resposta à carta recebida)

Relato por Mirella Maria

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