1o Encontro da Rede de Escolas Públicas Municipais pela Inclusão: A diversidade do que nos marca
No dia 27/10 o Projeto da Rede de Escolas Públicas Municipais pela Inclusão começou oficialmente, marcado pelo primeiro encontro com os educadores inscritos A proposta era de nos conhecermos, estabelecermos conexão e alinharmos nossas expectativas . Os 22 participantes (educadores de 12 escolas do município de São Paulo de educação infantil, fundamental e de jovens e adultos) encontraram-se virtualmente com os três mediadores do Projeto.
Após uma recepção calorosa com participação da gestora Marceli Cereser, do Instituto ComViver e da secretária adjunta da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SMPED – São Paulo) Marinalva Cruz, foi proposto que os integrantes se apresentassem, contando onde trabalham e o que fazem e, para aprofundar, pedimos que cada participante trouxesse um objeto que os representasse enquanto educadores. Ao final de sua fala, o participante deveria dirigir uma pergunta sobre qualquer tema de interesse pessoal para o próximo a falar e, assim, sucessivamente. Aparentemente simples, essa dinâmica nos permitiu sairmos da mera apresentação de nossos papéis sociais para um sentido mais profundo das escolhas e experiências em nosso percurso como educadores. Foram apresentados objetos como livros, escolhidos por levarem a profundas reflexões e à representação de novas possibilidades a serem aprendidas, entre os quais , São Bernardo, de Graciliano Ramos; Quando eu voltar a ser criança, de Janus Korczak; Extraordinário, de R. J. Palacio e, também, livros infantis que inspiram o planejamento pedagógico. Além dos livros, surgiram também: cadernos personificados das mais diversas formas (repletos de esquemas, textos, com aplicações para que os estudantes cegos possam reconhecê-lo), lápis que conta a história de um determinado aluno que impactou o olhar do educador, celular que se tornou o grande aliado em tempos de pandemia, cadeira de rodas como símbolo de amor, liberdade e reconstrução, peça de montar que ao se juntar com outras ampliam enormemente as possibilidades de criação, e mais: caneta, mandala, lupa, avental, pilha, copas de árvore e até mesmo um piano!
Como bem resumiu a secretária adjunta Marinalva Cruz, é interessante perceber “a diversidade do que nos marca”, ainda mais dando início a um trabalho que pretende pensar em como desenvolver as possibilidades de aprendizagem de cada indivíduo, considerando não só as suas especificidades, mas os diversos caminhos que levam ao aprendizado e impactam cada um de maneira profundamente diversa.
Por fim, já mais entrosados, pudemos conversar sobre como acreditamos que podemos nos ajudar diante dos desafios colocados pela luta por uma educação inclusiva em meio à pandemia. Na imagem abaixo consta o resumo das ideias que surgiram. A partir destas propostas, os próximos encontros (gerais e de mentoria, em grupos menores) serão organizados, buscando manter o foco no compartilhamento de experiências e na construção coletiva de estratégias para lidarmos com os temas que mais têm mobilizado os educadores. Seguimos!